terça-feira, 29 de outubro de 2013

Dilma destaca 'força' do Mercosul ao inaugurar linha de Itaipu

AFPAFP
 
A presidente Dilma Rousseff disse nesta terça-feira que o Mercosul "está mais forte" e que junto à União das Nações Sul-Americanas (Unasul) constitui uma fonte potencial de desenvolvimento para a região, ao inaugurar uma linha de transmissão da hidroelétrica de Itaipu que abastecerá Assunção.
Dilma qualificou de "momento histórico" para as relações entre Brasil e Paraguai a entrada em serviço da linha de 500 kW de potência, unindo Itaipu à região metropolitana de Assunção.
A presidente destacou que a obra "é produto do Mercosul", com a qual se demonstra que "a união não é apenas aduaneira, mas também de desenvolvimento integrado".
"É a prova de que o Mercosul está forte e não se limita ao intercâmbio comercial".
"O Paraguai é e será sempre um aliado estratégico para o Brasil. O governo e o povo brasileiros desejam vizinhos fortes, prósperos e respeitados", destacou a presidente.
A obra recebeu um financiamento de cerca de 400 milhões de dólares do Focem (Fundos Estruturais do Mercosul), com contrapartida de 150 milhões de dólares da Administração Nacional de Eletricidade (ANDE) do Paraguai.
Dilma disse que a linha de transmissão de 500 kW, que já abastece mais de 25% da demanda total do Paraguai desde que começou a operar de forma experimental, no início de outubro, é a terceira maior obra de infraestrutura do Paraguai, depois de Itaipu e da represa Yacyretá, e promoverá o processo paraguaio de industrialização.
"Esta energia limpa, renovável e segura" atrairá muitos investidores brasileiros e de outros países ao Paraguai, "gerando emprego, fortalecendo a arrecadação de impostos e promovendo o desenvolvimento".
A presidente destacou que um bom sintoma é o crescimento previsto do PIB do Paraguai, estimado em 13% em 2013. "Será o maior de um país da América do Sul".
"Os fundos estruturais do Mercosul são a expressão do compromisso solidário que existe entre seus sócios para superar as assimetrias perversas. Esta é a relação sul-sul que buscamos".
Dilma destacou que as relações entre Brasil e Paraguai fazem parte de um projeto maior, de união dos países da América do Sul, e afirmou que no futuro "nossas economias serão cada vez mais interdependentes".
A líder brasileira disse ainda que o papel do Mercosul e da Unasul é fundamental "para potencializar o desenvolvimento de todos os países da região por meio de uma relação estável. A integração é o nosso objetivo maior para levar o desenvolvimento social e a qualidade de vida a nossos povos".
Dilma anunciou que a próxima obra de envergadura que o Brasil participará no Paraguai será a segunda ponte entre Ciudad del Este e Foz de Iguaçu, sobre o rio Paraná.
A presidente revelou que seu governo orientará a administração do Paraguai na sua estratégia para combater a pobreza, o principal objetivo traçado pelo presidente Horácio Cartes.
"O objetivo supremo do nosso governo é construir uma nova realidade social para nossos povos".
O ato reuniu pela quinta vez, em pouco mais de dois meses, Dilma e o presidente Horacio Cartes, às margens da represa de Itaipu, a maior em geração do planeta, com 14.000 mW/ano através de 20 turbinas, sobre o rio Paraná.
Cartes disse que a disponibilidade de energia incentivará a instalação de indústrias na povoada região metropolitana de Assunção.
O sistema de transmissão leva energia por 350 km através de 759 torres, desde a hidroelétrica até a subestação situada na cidade de Villa Hayes, vizinha a Assunção.
Itaipu, que abastece os estados brasileiros de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Paraná, é a maior do mundo em geração de energia, recordou o diretor paraguaio da usina, James Spalding.

hro/lr

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