Justiça paraguaia inocenta Oviedo de tentativa de golpe
Quinta-feira, 01 de Novembro de 2007
Humberto Marques
A presidente da Corte, Alicia Pucheta de Corrêa, argumentou que houve um “processo duplo” no caso contra Oviedo, uma vez que a situação do ex-general – que chegou a se exilar no Brasil – era apreciada ao mesmo tempo pelas Justiças Militar e comum, fato considerado “inadmissível”.
“Os questionamentos sobre o processo em duplicidade são passíveis de proposição em qualquer estado do processo [inicial, julgamento ou recursal] e inclusive como incidente de execução de sentença. Isso porque, tratando-se de uma garantia constitucional, deve prevalecer sobre qualquer omissão legislativa o ato judicial que se desconheça”, enfatizou a presidente.
Acerca dos depoimentos colhidos pelo Tribunal Militar Extraordinário na condenação de Oviedo, o ministro Sindulfo Blanco apontou que os mesmos “carecem de valor probatório e, como tal, transmitem o princípio da nulidade à sentença condenatória”. Os votos foram seguidos por outros três juízes.
Oviedo havia sido condenado a dez anos de prisão pelo Tribunal Militar, formado pelo então presidente Juan Carlos Wasmosy. A sentença foi, tempo depois, confirmada pela Corte Suprema paraguaia. O novo julgamento foi provocado por um pedido de revisão assinado pelo próprio ex-general, na noite da última terça-feira (30 de outubro). A mesma instância, em dezembro de 2006, havia negado revisão ao caso.
Ainda conforme o ABC Color, após ser notificado sobre a decisão, o ex-militar procurou a Justiça eleitoral para liberar seus documentos pessoais. Oviedo já é cotado como candidato à presidência do país vizinho, em 2008. O julgamento fez com que ele adiasse visita marcada para a próxima semana, em Campo Grande. Uma nova data será definida nos próximos dias.Fonte: Campo Grande News
http://www.campogrande.news.com.br/politica/view.htm?id=397502&ca_id=6
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